stock-photo-plastic-compound-beads-243803230 copyPare por um instante o que você está fazendo agora e olhe ao seu redor. Certamente, você conseguirá identificar no ambiente onde está uma série de itens feitos de plástico. Garrafinha de água, recipiente de álcool em gel, caneta, cadeira, case do celular, computador, embalagens em geral, eletrodomésticos… são alguns exemplos de coisas que usamos e que são feitas desse material tão valioso para a modernidade. Sim, porque não podemos negar: o plástico faz parte da vida da gente e não tem como pensar no dia a dia com praticidade sem associar ele ao uso do plástico.

De origem das resinas derivadas do petróleo e pertencente ao grupo dos polímeros (composto formado por combinações repetidas de moléculas mais simples), o plástico é um material que tem como características a possibilidade de ser moldado e de manter a sua forma após a moldagem. Atualmente, está presente nos principais ramos de atividade, como construção civil, indústria têxtil, área da saúde, setor automotivo, setor alimentício e indústria da tecnologia.

Até chegar às inovações utilizadas atualmente na fabricação do plástico, que fazem dele um material leve, resistente e versátil, quase 160 anos se passaram e muitos testes foram feitos com vários tipos de matéria-prima.

Em busca de uma alternativa ao uso da borracha, Alexander Parkes descobriu, em 1862, a parkesina, que, após aquecimento, podia ser moldada sem perder a forma ao esfriar. Sete anos depois, John Hyatt, em sua busca por uma opção ao uso de marfim dos elefantes na fabricação de bolas de bilhar, descobriu a celulóide, uma mistura de fibras de algodão com ácidos, à base de nitrato de celulose.

Já no século XX, mais um passo foi dado pelo aperfeiçoamento do material. O alemão Hermann Staudinger descobriu em 1920 a estrutura molecular do plástico, o que permitiu, anos depois, a criação de variações como o PET, o poliestireno, o nylon, o poliéster, entre outros.

Estima-se que, desde 1950, foram produzidos em todo o mundo 8,9 bilhões de toneladas de plásticos primário e secundário, de acordo com o artigo Production, use and fate of all plastics ever made (Produção, uso e destino de todo o plástico já feito), publicado em 2017 pela revista Science Advances. A produção mundial atingiu 396 milhões de toneladas, somente em 2016. E a alta demanda da sociedade pelo material indica que esse crescimento tende a continuar: a produção global de plásticos pode chegar a 550 milhões de toneladas em 2030, volume 40% superior ao nível atual.

Em contrapartida aos avanços tecnológicos da matéria-prima e ao “futuro promissor” previsto para o polímero, devido ao alto consumo da sociedade, a reciclagem do plástico segue sendo um desafio para a indústria, que, a cada dia, busca por alternativas para aumentar o conteúdo de material reciclado para elaborar seus produtos e, consequentemente, gerar menos resíduos e impacto ao meio ambiente.

Segundo dados da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), o índice de reciclagem de embalagens plásticas e equiparáveis pós-consumo foi de 25,8% no Brasil, o equivalente à reciclagem de 550 mil toneladas em 2016.